terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pão, circo e consciência.


Tudo já aconteceu, e nada acontece. Os verdadeiros culpados estão fichados, catalogados, carimbados e até “selecionados” e nada se move...

Óbvio que a mentira sempre foi base do sistema político, mentir politicamente é eufemismo!
E assim mesmo a verdade está na cara e a verdade não se impõe! Mas a verdade se ofuscar pela mentira necessária também não é nenhuma novidade, não é mesmo?

Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata brasileiro nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Nunca, jamais, incogitável!

Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder.
Este governo é psicopata!
Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas.

A verdade se encolhe humilhada, num canto. É posta pra fora a ponta pés pelos grandes mentecaptos cheios de ambição e psicose pura!
E nós, mero eleitorado, temos que engolir tudo, e engolir seco.
E é simples como isso é possível: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na fortaleza da lentidão e da impunidade. Ah, mas isso também faz parte da mais valia!

Os delitos são esquecidos, empacotados, embalados, empoeirados e prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização.
A indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca tudo quebra diante do poder da mentira!

Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: "Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?". A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua.
Dissolvendo como lesmas dentro do saleiro.

Este “neocinismo” está desmoralizando as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura que nos foi imposta na grande e imponente “democracia” assim dita por eles.
Alguns otimistas dizem: "Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!". Não creio. Vamos ficar viciados na mentira corrente, vamos falar por antônimos.

Ficaremos mais cínicos, mais egoístas, mais burros.




Vivemos em um país tão democrático, que podemos escolher quem paga mais pelo seu voto. Os moralistas se rendem os pseudos - revolucionários mostram seu preço, e assim o circo vai sendo montado. Agora é só você pegar seu titulo de eleitor e assistir ao espetáculo. Não esqueçam, agora é necessário também um documento com foto para que ninguém seja mais burro que você. É tudo tão interessante, porque só ouvimos a palavra consciência em dia de eleição, será que “eles” querem o povo consciente apenas quando a consciência não surtirá efeito? Ou é mais uma maneira de quererem nos tornar inferior a ponto de desacreditarmos em nós mesmos? 

O povo ta acostumado com tão pouco, que um pouco a mais se torna muito. Eleição é que nem data comemorativa, todo mundo fica “meigo”, mentiroso e amigo. Aliás, é uma data comemorativa. Viva a falta de educação, pobreza e paliativos televisivos!

Dia 4 de outubro, ninguém sabe o que é consciência. Não sabe em quem votou, só saberá que daqui alguns anos terão mais festas, e não to falando da Copa do mundo, nem olimpíadas, carnaval, bolsa família – Ufa! – Que país festivo. Estou falando das próximas apresentações que teremos nesse circo, sem saber se torço pra meu filho ter dom de palhaço, ou seja preso para virar presidente. Por que verdade seja dita, sistema carcerário é tão ruim, que se não sair igual como entrou, sai político.

Um comentário:

Theus disse...

Realmente a concientização deveria acontecer a todo momento, não apenas em época de eleição. Deveria começar nas escolas, no primario, fazer parte da nossa cultura mesmo, mas em que isso iria ajudar aqueles porcos no poder? deprimente.

"Por que verdade seja dita, sistema carcerário é tão ruim, que se não sair igual como entrou, sai político." haha, muito bom texto.