sábado, 27 de junho de 2009

Hipocrisia

Nós, seres humanos, podemos ser divididos em infinitas categorias, dentre essas chamo a atenção para três:

A - Os que fazem algo errado
B - Os que criticam o que fez algo errado
C - E os que criticam a crítica do último

Geralmente A fala que não se deve fazer algo, termina ele mesmo praticando aquilo que proibiu. Sendo assim, chega B e fala - Viram? O homem é falho e erra bastante. É quando entra em ação o C: "Oras, se A é igual a B, todos os dois estão errados." Soou quase que matemática a relação, mas isso acontece com grande freqüência e causa muitos danos às relações como um todo.

O interessante a ser observado é que nunca nos importamos com o que está sendo discutido, mas sim com quem está discutindo. Denominam isso de ataque ad hominem. O norteador do que é certo ou errado deixou de ser o que é certo ou errado segundo nossos conceitos e se transformou na hipocrisia.

Se alguém é hipócrita ele não tem voz. Só terá voz aquele que é totalmente isento de erros. E quem é essa pessoa? Existirá algum humano capaz de não ser hipócrita? Longe de defender tal prática, devemos nortear nossas ações não de acordo com o que uma pessoa fala, mas de acordo com o que a própria assertiva leva de correto.

Um assassino que afirma: "matar é errado" transforma o matar em correto pelo único fato de não ter legitimidade para falar daquilo? Esse exemplo "absurdo" ilustra o que ocorre quando deixamos de olhar para o que é falado e observamos unicamente a pessoa que fala. A hipocrisia deve sim ser combatida e isso é feito deixando de exaltá-la como único fator determinante do que deve ser praticado ou não.

Pessoas se perpetuam pelas suas idéias; quando praticadas, o discurso sem dúvida se torna mais forte e isso se deve principalmente ao fato de a pessoa conseguir provar que o que ela fala é sim possível de ser praticado. Isso, no entanto, não deve dar vazão ao velho chavão "suas atitudes falam tão alto, que não consigo ouvir o que dizes"; essa é uma justificativa para quem não quer reconhecer a verdade de uma afirmação tão óbvia que até o hipócrita se permite dizer.

Exaltemos idéias, neguemos o hipócrita. Que possamos sempre fazer a incisão entre o que é falado e quem fala, utilizando o filtro do bom-senso.

Texto do meu mano Raphael do blog RAPENSANDO

sábado, 20 de junho de 2009

GOG - Direito de resposta

Esse video foi uma resposta do Gog ao presidente da Phillips.

Paulo Zottolo preside a Philips do Brasil e é um dos coordenadores do “Cansei”. O mesmo declarou o seguinte: “Não se pode pensar que o País é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”. Lamentável. Essa é a forma clássica que uma parte da elite paulista vê o Brasil mais pobre. Um pedido de desculpas não será suficiente. O melhor que ele pode fazer hoje é se retirar de qualquer movimento contestatório. O que Zottolo pensa do Piauí vem do seu âmago. Citou o Piauí, mas poderia ter citado o Amapá, Sergipe ou o Ceará. Para ele, Piauí é sinônimo de pobreza. Então, é como se dissesse: “Se os pobres deixassem de existir ninguém ficaria chateado”. Não duvidem que seu pensamento seja exatamente esse. Zottolo não representa as pessoas e as instituições do “Cansei”, mas é um de seus organizadores. Sua frase infeliz fragilizou o movimento. Se já era difícil que chegasse às regiões mais pobres, agora se tornou muito improvável.

Música: Por Amor (Direito de Resposta)
Essa música foi produzida após as declarações do Presidente da Philips na América Latina, Paulo Zotollo. Ele afirmou que: "O Brasil não pode ser como o Piauí, que tanto faz existir ou não…"
Produção Musical: Ariel Haller Feitosa
Gravação Mixagem e Masterização: Marcos Pagani
Edição e Imagens: Marcos Pagani e Jetro de Castro(Cria Produções)