segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rótulos

Bom pessoal atualmente ando sem muito tempo para fazer postagem, devido estudos e esforços para arrumar um emprego.
Mais hoje vou atualizar com um texto extraido do blog Rapensando do Raphael, texto muito interessante...

Rótulos

É comum ouvirmos certos clichês como: "Não me rotule", "Não sigo religião, sigo a Cristo", é a fobia a rótulos, tão prejudicial quanto aquele que se limita ou limita os outros pela generalização de uma definição qualquer.

No cristianismo e dentro de qualquer outro contexto traçamos perfis preconceituosos a partir da suposta amplitude que uma restrita definição dá. Por exemplo, tendemos a dizer que todo idealista comunista é necessariamente totalitarista. Esse fato específico é interessante pois, apesar da grande maioria da liderança comunista ter sido totalitarista uma coisa não está atrelada a outra. Fazer conexões no campo das definições por mera suposição empírica de que o passado se repetirá é uma atitude restritiva e não uma análise satisfatória da realidade.

São os velhos exemplos sobre tal assunto que podemos observar: nem todo socialista é ateu, nem todo crente é chato, nem todo capitalista é democrata. Enxergar além disso é também aprofundar a definição em si e o humano com o rótulo humanístico: diversificado.

O perfil de alguém não pode e não deve ser traçado através de um único rótulo, podemos ser rotulados, mas que isso não nos restrinja. A consequência prática mais importante da diversidade humana é a possibilidade de mesclarmos definições e partirmos para uma nova, aceitando também a possibilidade de tal nova idéia poder se fundir, é assim que o conhecimento avança, questionando e não impondo.

Pensar na via única de suposições também nos limita no sentido de que podemos ser sim, por exemplo, cessacionistas sem necessariamente seguirmos a Calvino, há sim a possibilidade de sermos cristãos e anarquistas, ateus e ao mesmo tempo democratas.

Nesse sentido, é impossível fazermos uma projeção do que uma pessoa realmente é partindo do simples pressuposto que um fato que acontece com a maioria acontecerá a todos. Diversidade de definições, diversidade de opções, sem contradições, sim isso é possível.

Um comentário:

Raphael Rap disse...

Pô cara fico feliz por ter gostado do texto. E desculpa e a não muita participação nos comentários do blog, mas tô sempre acompanhando e espero que volte a atualizar com mais frequência.